Breve resumo
Neste estudo exploratório, pretendeu-se identificar o modo como a população da ilha Terceira, no arquipélago dos Açores, percepciona, concebe e se posiciona face ao risco das alterações climáticas, de modo a fornecer pistas que permitam uma comunicação de risco mais eficaz, sobre este assunto.
Os dados foram recolhidos através de um inquérito por questionário, aplicado a inquiridos (N=200) de todas as freguesias da ilha.
As teorias que serviram de suporte à realização deste trabalho foram o paradigma psicométrico, na caracterização do risco das alterações climáticas; a teoria cultural, na identificação das visões do mundo, em relação a este problema; os modelos mentais, na obtenção das representações dos inquiridos e afectividade relacionada com as alterações climáticas; e a abordagem da amplificação do risco, na interpretação dos resultados. Os conceitos de preocupação, confiança e responsabilidade ajudaram a uma melhor explanação deste estudo.
Os resultados obtidos tiveram em conta as seguintes categorias: preocupação, afecto, caracterização do risco, conhecimento, visões do mundo, previsões, responsabilidade, confiança, opiniões, predisposição para comportamento e posição política.
Os terceirenses, de um modo geral, estão informados sobre as causas e impactos das alterações climáticas, havendo alguns conceitos que necessitam de ser clarificados.
O risco das alterações climáticas globais é percepcionado, pelos terceirenses, com efeitos catastróficos, muito ameaçador, de exposição involuntária, considerado um risco novo, mas conhecido para a ciência, com efeitos visíveis, tendencialmente previsíveis e controláveis.
De acordo com os resultados obtidos, no final do trabalho, são sugeridas algumas pistas em termos de medidas comunicativas.
Etiquetas: alterações climáticas; percepção de risco; Açores