Clima Louco

Este blog pretende discutir assuntos relacionados com as Alterações Climáticas Globais. Participe! Deixe o seu comentário!

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Breve resumo

As alterações climáticas são um conceito controverso, complexo e muito debatido, nos últimos tempos.
Neste estudo exploratório, pretendeu-se identificar o modo como a população da ilha Terceira, no arquipélago dos Açores, percepciona, concebe e se posiciona face ao risco das alterações climáticas, de modo a fornecer pistas que permitam uma comunicação de risco mais eficaz, sobre este assunto.
Os dados foram recolhidos através de um inquérito por questionário, aplicado a inquiridos (N=200) de todas as freguesias da ilha.
As teorias que serviram de suporte à realização deste trabalho foram o paradigma psicométrico, na caracterização do risco das alterações climáticas; a teoria cultural, na identificação das visões do mundo, em relação a este problema; os modelos mentais, na obtenção das representações dos inquiridos e afectividade relacionada com as alterações climáticas; e a abordagem da amplificação do risco, na interpretação dos resultados. Os conceitos de preocupação, confiança e responsabilidade ajudaram a uma melhor explanação deste estudo.
Os resultados obtidos tiveram em conta as seguintes categorias: preocupação, afecto, caracterização do risco, conhecimento, visões do mundo, previsões, responsabilidade, confiança, opiniões, predisposição para comportamento e posição política.
Os terceirenses, de um modo geral, estão informados sobre as causas e impactos das alterações climáticas, havendo alguns conceitos que necessitam de ser clarificados.
O risco das alterações climáticas globais é percepcionado, pelos terceirenses, com efeitos catastróficos, muito ameaçador, de exposição involuntária, considerado um risco novo, mas conhecido para a ciência, com efeitos visíveis, tendencialmente previsíveis e controláveis.
De acordo com os resultados obtidos, no final do trabalho, são sugeridas algumas pistas em termos de medidas comunicativas.

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Percepção de risco sobre alterações climáticas

"Percepção de risco sobre alterações climáticas: estudo exploratório na ilha Terceira, Açores" é o título de uma tese de mestrado, no âmbito do Mestrado em Educação Ambiental, promovido pela Universidade dos Açores, Departamento de Ciências Agrárias e Departamento de Ciências da Educação da Delegação de Angra do Heroísmo.
Esta tese é da autoria de Maria Manuela de Melo Figueiredo, sob a orientação dos professores: Doutora Maria Luísa Pedroso Lima e Doutor António Félix Flores Rodrigues, tendo sido defendida e aprovada no dia 23 de Junho de 2007.
Espero contribuir com este trabalho, de algum modo, para uma mais eficaz comunicação de risco e participação de todos os cidadãos neste assunto.

sexta-feira, dezembro 28, 2007

BOM ANO PARA TODOS


Fica prometido que em 2008 publicarei os resultados do meu estudo, tese de mestrado "Percepção de risco sobre alterações climáticas: estudo exploratório na ilha Terceira, Açores".


Por agora desejo a todos os que visitam este blog:



FELIZ ANO ANO


segunda-feira, maio 15, 2006

O clima e a saúde



fonte: www.vidadecao.com.br/cao/img/depre-feminina.jpg

O clima influencia a nossa saúde. Um dos exemplos dessa relação tem sido comprovado com os vários estudos sobre a depressão sazonal. A falta de exposição à luz solar poderá levar a esta doença que atinge pessoas de todos os escalões etários, com uma maior tendência para as mulheres.

E você, em que medida o clima o afecta?

domingo, março 12, 2006

Cartoon

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Alterações Climáticas e globalização


Fonte: www.tc.umn.edu

Peter Singer, no seu livro "Um só Mundo: a ética da globalização" (2004) considera que as Alterações Climáticas são um dos acontecimentos que contribuiram para que a perspectiva ética de globalização se desenvolvesse.

Como indicadores de que somos um só mundo, o autor aponta dois aspectos da globalização: o acontecimento com o World Trade Center, de 11 de Setembro, que provocou morte instantânea a inúmeras pessoas; e as emissões de dióxido de carbono, que contribuem para as Alterações Climáticas, as quais prevê-se provocarem imensos impactos negativos, a longo prazo.




Será que a solução das questões climáticas globais passa por uma política mundial? Quando perceberão os líderes dos países que a atmosfera é só uma?

domingo, janeiro 15, 2006

Qual a causa principal das Alterações Climáticas Globais?

Esta pergunta, colocada durante cerca de três meses neste blog, teve os seguintes resultados:
7 % dos votantes consideram que a causa era Natural;
36% acham que é o Homem;
e 57 % referem que as Alterações Climáticas são derivadas de ambas.

As votações com mais percentagem atribuem ao Homem a responsabilidade. Agora que assumimos essa responsabilidade, o que poderá ser feito para solucionar este problema?

Aos 30 votantes, muito obrigada pela vossa colaboração!
Participem com os vossos comentários e votação!

Alterações climáticas ou variabilidade climática?


Alterações climáticas e variabilidade climática serão a mesma coisa?
Segundo a UNFCC há uma distinção entre estes dois termos.
As Alterações Climáticas são definidas como alterações na composição da atmosfera, derivadas directa ou indirectamente da actividade humana. Por sua vez, a variabilidade climática é atribuída às causas naturais.
Esta distinção nem sempre é utilizada pelos vários autores especialistas e, muito menos, pelo cidadão comum.
Há uma grande controversia à volta deste assunto, nem todos os cientistas estão de acordo com as conclusões do Terceiro Relatório do IPCC. Por exemplo, Sallie Baliunas e Willie Soon, consideram que o aumento do dióxido de carbono, durante o século XX, não teve efeitos na alteração da temperatura global e põem em causa algumas formas de recolha de dados. Referem que o aumento deste gás é benéfico para o crescimento das plantas, que por sua vez é uma consequência positiva para o homem e o ambiente.

domingo, novembro 06, 2005

Impactos do Aquecimento Global

No Terceiro Relatório de Avaliação do IPCC (2001) são apontadas projecções, referidas pelo Professor Godwin Obasi, Secretário-Geral da Organização Mundial de Meteorologia, na sua comunicação no âmbito do dia Mundial da Meteorologia (2003). As referidas projecções são as que se seguem:

Haverá um aumento da temperatura média global na ordem dos 1,4 a 5,8°C, durante o período de 1990 e 2100. Esta projecção é muito superior às alterações observadas durante o século XX.

Calculou-se também que o nível médio das águas do mar subirá entre 9 a 88 cm, entre 1990 e 2100, o que terá efeitos socioeconómicos significativos, colocando em risco ilhas planas, portos, terrenos agrícolas, recursos de água potável, zonas turísticas e terrenos produtivos em áreas costeiras.

Ocorrerá uma intensificação da precipitação durante o século XXI. A baixas latitudes haverá diminuição em certas regiões e aumento noutras, nas latitudes médias a altas ocorrerá precipitação mais intensa. Poderá haver maior predominância de secas e cheias.

Haverá um ligeiro aumento de amplitude do fenómeno El Niño, durante os próximos 100 anos, que poderá agravar as condições de cheias e secas, com temperaturas mais elevadas.

A cobertura de neve e a extensão de gelo no mar no Hemisfério Norte continuarão a diminuir, mantendo-se a retracção dos galciares e cumes de gelo, como se tem verificado no monte Kilimanjaro, o qual se tem retraído nos últimos anos.

As alterações climáticas afectarão a saúde, directamente com o aumento do calor e, indirectamente, com a proliferação de mosquitos e outros organismos patogénicos. Embora estas espécies poderão aumentar, outras, mais vulneráveis, poderão ficar em riscoe extinção, reflectindo numa redução da biodiversidade.

Para este professor as ameaças mais imediatas para a humanidade são as tempestades intensas e frequentes, cheias e secas, surtos de calor e a consequente subida do nível do mar nas zonas costeiras baixas. Outras ameaças, ainda por estudar, mais aprofundadamente, são as relacionadas com os impactos ao nível local ou de bacia hidrográfica.

Posto isto, os cientistas estudam soluções técnicas com vista à atenuação do aquecimento global, mas há grandes dificuldades em serem economicamente viáveis e ecologicamente aceitáveis. As energias renováveis são os meios mais promissores de redução das emissões de dióxido de carbono. (Obasi, 2003)
Neste Relatório de Avaliação do IPCC (2001) são apontadas cada vez mais evidências de que as emissões de GEE são causadas pela actividade humana.
No gráfico seguinte mostram-se os principais sectores de onde as emissões dos gases de efeito de estufa são provenientes, relativas ao ano de 2001, pelos países da União Europeia, de acordo com o mesmo relatório.